quarta-feira, 13 de maio de 2015

CRÍTICA DO FILME 50 TONS DE CINZA

O filme Cinquenta Tons de Cinza veio pra marcar, marcar cinquenta tons de decepção em cada espectador que vai ao cinema esperando no mínimo uma atuação que faça jus ao frenesi que marcou a trilogia. Começando pelo ator escolhido (na minha opinião, péssima escolha por sinal) Jamie Dornan que interpreta (ou tenta) o milionário Christian Grey e passando pelas cenas que ao invés de sexo  quente e sacana, oferecem fracos indícios de morna libido entre Christian Grey e Anastasia Steele (Dakota Johnson) e terminando absurdamente sem uma lógica ou cena marcante que não provoque brados de insatisfação nas salas de exibição dos cinemas. A história é baseada na obra de  Erika Leonard James e conta o envolvimento de um milionário e uma moça simples, um velho clichê mas apoiado em situações e momentos de forte apelo sexual e de cenas altamente instigantes para qualquer pessoa, mas isso acontece apenas nos livros, especificamente o primeiro é o mais interessante, já na película pouco acontece. Existe um contrato cheio de cláusulas de favores e recompensas sexuais, mais explorado nas cenas que o sexo que deveria acontecer entre os dois. No filme, o ator não convence como um adepto de sadomasoquismo, suas  expressões faciais se alternam entre trejeitos exagerados onde um sorrisinho forçado está sempre presente ou uma seriedade que nada passa ao espectador, nenhuma emoção ou empatia que mereça crédito. Dirigido por  Sam Taylor-johnson, o longa merecia mais cuidado e menos sutileza nas cenas de sexo, aliás insinuado no melhor estilo papai e mamãe. A cena da perda da virgindade de Anastasia foi rápida, vazia, sem graça, assim como os momentos no tal quarto dos brinquedos. Sobre o quarto vermelho (dos brinquedos sexuais), acho que foi a imagem que mais agradou no filme em se tratando do quesito sexo. Christian tem tudo: dinheiro, poder (inclusive de se teletransportar como um super herói em segundos para todos os lugares onde Anastasia está e de endereço ignorado por ele), aparência, notoriedade, fama. Anastasia não tem nada disso, no entanto, tem conteúdo e se entrega ao amor que sente com confiança, ultrapassando nessa entrega seus limites, apenas para ensinar a Christian que o amor é capaz de quebrar regras e vencer barreiras. Anastasia está bem no papel, mas exagera no gesto de morder os lábios e a excitação que demonstra antes mesmo que algo aconteça. Não há suor.brotam poucas lágrimas, não há nada instigante, que deixe quem assiste ansioso pelo que poderá ver ou por aquilo que poderá acontecer. Não há grandes surpresas. A história teria tudo para se transformar em vários filmes de sucesso não só de público e arrecadação, mas também de crítica e satisfação para todos os cinéfilos mas ao contrário, deixou quase tudo a desejar. Por falar em desejo, que os próximos filmes possam satisfazer aos desejos. De todos.


Ficha Técnica:



Gênero: Drama


Direção: Sam Taylor-Johnson


Roteiro: E.L. James, Kelly Marcel


Elenco: Andrew Airlie, Ann Wu-Lai Parry, Anna Louise Sargeant, Anne Marie DeLuise, Anthony Konechny, Brent McLaren, Callum Keith Rennie, Chad Fortin, Dakota Johnson, Dylan Neal, Eloise Mumford, Emily Fonda, Jamie Dornan, Jason Cermak, Jason Verner, Jennifer Ehle, Jo Wilson, John Specogna, Jordan Gardiner, Julia Dominczak, Kirt Purdy, Luke Grimes, Marcia Gay Harden, Matthew Hoglie, Max Martini, Megan Danso, Peter Dwerryhouse, Rachel Skarsten, Raj Lal, Reese Alexander, Rita Ora, Steven Cree Molison, Tom Butler, Victor Rasuk

Produção: Dana Brunetti, E.L. James, Michael De Luca

Fotografia: Seamus McGarvey


Montador: Lisa Gunning


Trilha Sonora: Danny Elfman


Duração: 125 min.


Ano: 2015


País: Estados Unidos


Cor: Colorido


Estreia: 12/02/2015 (Brasil)


Distribuidora: Universal Pictures


Estúdio: Focus Features / Michael De Luca Productions / Trigger Street Productions


Classificação: 16 anos


Informação complementar: Baseado na obra de E.L. James.



Por: Dalia Hewia

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